terça-feira, julho 31, 2012

Novo apagão deixa metade da população da Índia sem luz

 
A Índia foi hoje novamente atingida por uma falha de energia que está a afectar cerca de metade dos 1,2 mil milhões habitantes do país. Este apagão foi acompanhado pelo colapso dos sistemas de atendimento ao público de cerca de vinte estados das zonas norte, leste e nordeste, noticia a AFP.

Centenas de mineiros ficaram presos numa mina de carvão em na zona de Bengala Ocidental devido à falha de energia, anunciou a líder do governo local, Mamata Banerjee. A falta de electricidade impossibilitou o uso dos elevadores para os trazer para o exterior, disse a mesma responsável.
De acordo com o director do grupo mineiro Eastern Coalfields Limited, Niladri Roy, cerca de 200 mineiros ficaram presos numa mina a 180 quilómetros de Calcutá. Eles receberam instruções para irem para um local com melhor ventilação enquanto tentavam fornecer-lhes alimentos e água, acrescentou a mesma fonte.
"As redes do norte, nordeste e este estão em baixo, mas estamos a trabalhar para as restabelecer rapidamente", declarou à AFP Naresh Kumar, um porta-voz da rede nacional, a Powergrid Corporation of India.
O ministro federal da Energia, Sushilkumar Shinde, assegurou de manhã que esta falha de energia sem precedentes, ocorrida às 13:00 horas locais (07:30 GMT), deveu-se ao facto de os "estados terem ultrapassado as capacidades autorizadas de aprovisionamento das suas redes", causando um efeito dominó de sobrecarga.
Uma área que se estende desde a fronteira com o Paquistão aos confins da zona nordeste perto da China foi afectada por este apagão, incluindo as cidade de Nova Deli, a capital, Calcutá, e Lucknow. Segundo as contas da AFP, 20 dos 29 estados indianos terão sido afectados.
"Metade do país está sem electricidade. É uma situação sem precedentes", disse Vivek Pandit, um especialista em energia da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria.
Cerca de 400 comboios foram afectados por este apagão. Em Nova Deli, uma composição do metro esteve parada por várias horas e os semáforos das ruas deixaram de funcionar, provocando o caos.
"É a pior crise energética da região. Estávamos a tentar fornecer energia à região norte, o que levou ao colapso da nossa", adiantou à AFP o ministro da Energia do governo de Bengala ocidental, Manish Gupta. O mesmo processo parece ter levado ao colapso da rede na região nordeste da Índia.
Na segunda-feira, o norte do país, onde vivem cerca de 300 milhões de pessoas, esteve mergulhado na escuridão, após o pior apagão na Índia desde 2001.

segunda-feira, julho 30, 2012

Londres 2012, a verdade oculta?



Dois videos muito curiosos...

Apagão na India


A rede eléctrica do norte da Índia deixou de funcionar na madrugada de segunda-feira, parando centenas de comboios, forçando hospitais e aeroportos a usarem geradores e deixando 370 milhões de pessoas sem luz - mais do que a população dos Estados Unidos e Canadá combinadas - sofrendo com o calor do verão.
O apagão, um dos piores a atingir a Índia numa década, ressalta a incapacidade do país em suprir a demanda de energia enquanto tenta se tornar uma potência económica regional. A Confederação da Indústria Indiana disse que o apagão é um aviso que que o governo indiano precisa de resolver urgentemente reformar o sistema eléctrico, garantir um suprimento contínuo de carvão para as centrais de energia e reformar as instalações eléctricas. Perdas na transmissão e distribuição em alguns Estados chegam a até 50% devido a roubos e corrupção.
A rede eléctrica caiu por volta das 2h30 da manhã (horário local) pois não conseguia mais suprir a enorme demanda causada pelo verão, disseram autoridades do Estado de Uttar Pradesh. No entanto, o ministro de Energia Sushil Kumar Shinde afirmou que não tinha certeza do porquê do colapso e criou uma comissão de investigação.
Foram afectadas as regiões de Punjab, que é o celeiro do pais, a instável Caxemira, a capital Nova Delhi, Dharmsala (o quartel-general do Dalai Lama, nos Himalaias), e o Estado mais populoso do mundo, o pobre Uttar Pradesh.
No final da manhã, 60% da energia foi restabelecida. Foi necessário puxar electricidade das redes do leste e oeste, bem como comprar energia hidroeléctrica do país vizinho Butão.
Os moradores de Nova Délhi foram acordados quando os seus ventiladores e ar-condicionados pararam de funcionar. A temperatura na cidade estava em cerca de 35º, com humidade em 89%. O sistema de metropolitano, que transporta 1,8 milhões de pessoas diariamente, parou por horas durante a manhã.
A que se deveu a falha de energia, à sobrecarga de energia ou a tempestade solar?

sábado, julho 28, 2012

Razias...


A esperança num mundo melhor parece ter os dias contados, em Portugal, o desemprego disparou em flecha.
Até aí nada de novo.
Como é sabido neste país, o desemprego aproxima-se a passos largos dos 16%. Contudo há quem contraponha que os números andarão falseados pelo Instituto Nacional de Estatística, vulgo INE e tal não corresponderão à verdade.
Pois, este Instituto Publico não tem em conta, por exemplo, os desempregados em formação ou os jovens em estágios que não correspondem à realidade.
Por todo o lado começa a prosperar a mobilidade, o trabalho precário e mal pago, tipo chapa 500 ou chapa 400 - e os licenciados começam a receber menos, que as empregadas de limpeza – exemplo recente há enfermeiros a ganharem 499,00 € por mês, enquanto há empregadas da limpeza a auferir mais de 700,00 € por mês.
Esta situação faz-me lembrar o que se passou no tempo dos Khmers vermelhos no Cambodja de Polpot, em que o pessoal qualificado foi alvo de segregação, acabando em campos de extermínio e de reeducação.
Mas não queria ir para já por aí...

Valerá a pena queimar as pestanas, anos a fio em cursos universitários?
Enquanto isso, os governantes portugueses incentivam os jovens a procurar o interior de Portugal, as terras e a agricultura ou ainda a fomentar a emigração.
Aqui ao lado, em Espanha 1 em cada 4 cidadãos estão desempregados (população activa).
Isto para não falarmos dos reformados...
É que qualquer dia pelo andar da carruagem, o número de reformados será superior à população activa. Como não houve renovação das gerações através dos nascimentos, não estará a Segurança Social, o Estado Social e as reformas dos aposentados comprometidas?
É todo um sistema à beira do colapso final, seguido de estertores que ameaçam devorar toda uma sociedade e mergulha-la no caos.
Será este o fim da História?

Mas, o melhor estava para vir este ano, com o aproximar do final do ano escolar, muitos jovens após o final do ensino secundário conheceram o desastre nos exames finais de acesso ao ensino superior.
Foi uma autêntica razia, os exames da primeira fase. Há turmas inteiras chumbadas especialmente nos cursos com baixa empregabilidade.
Por outro lado as vagas nas universidades, baixaram drasticamente.
É caso para dizer que tudo se justifica em nome da crise?
Depois do abandono escolar que se verificou este ano entre os alunos das universidades portuguesas, muitos alunos que terminaram o secundário, questionam-se o que vão fazer?
Que perspectivas para o Futuro?
Que formação?
Cursos profissionais não há e o ensino técnico está morto!
Que emprego?
Que habitação?
O que fazer?
Emigrar para onde?
Há ainda casos de jovens adultos na casa dos 30 e tal anos a regressarem a casa dos pais, sem emprego e com dívidas mil...
Que país é este?


Só que parece que isto não acontece só em Portugal, verifica-se um pouco por toda a Europa e a crise ameaça não ficar por aqui, creio que veio para ficar...

NASA enviará naves espaciais para outras dimensões


Jack Scudder, um cientista na área da Física de Plasma da Universidade de Iowa, levou a cabo uma investigação com resultados inesperados: a descoberta de portais secretos que se abrem no campo magnético.

De acordo com a sua investigação, existem alguns pontos X na magnetosfera da Terra. Nesses pontos, o campo magnético do nosso planeta e do Sol colidem, criando um caminho contínuo de 93 milhões de milhas de comprimento entre eles. Segundo os físicos, estes pontos X são imperceptíveis, pequenos, temporários, se formam e desaparecem de forma imprevisível.
Em 2014, a NASA começará uma missão de investigação da magnetosfera que envolverá quatro naves espaciais equipadas com sensores de todos os tipos. O objectivo da operação é o estudo dos portais secretos, por onde onde as naves espaciais poderão ser enviadas.




Mais em:

sexta-feira, julho 27, 2012

Gronelândia sem gelo 2

O assunto mereceu capa de jornal de um dos maiores jornais portugueses, que lhe dedica hoje vasta matéria:

“Em apenas quatro dias, a superfície de gelo que cobre a maioria da Gronelândia começou a derreter quase na totalidade, um fenómeno nunca antes observado. Ao mesmo tempo, vídeos na Internet mostram uma ponte destruída e uma carrinha a ser levada pelo caudal do rio.


Na filmagem de um dos vídeos vê-se o rio Watson, na região de Sondrestrom, na costa Oeste da Gronelândia, visto do ar. As imagens foram captadas dia 21 de Julho, nove dias antes há outro vídeo do rio em que a ponte já está destruída. Mas a 10 de Julho, num terceiro vídeo, vêem-se os tractores a percorrerem a ponte e a colocarem terra para travar o caudal, embora a água já passasse por cima de parte da construção.

Ao mesmo tempo, o satélite Oceansat-2 testemunhava um fenómeno que só se conhecia nos registos dos glaciares e nunca tinha sido testemunhado. Entre 8 e 12 de Julho, a área da superfície de gelo que se estava a derreter do enorme glaciar que cobre grande parte da Gronelândia passou de 40% para 97%, um fenómeno nunca antes visto que a agência espacial norte-americana (NASA) anunciou nesta quarta-feira.

“O que aconteceu foi uma fusão anómala da massa de gelo da Gronelândia. A película superficial de gelo fundiu muito mais nas últimas semanas”, explicou Gonçalo, investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa e especialista no estudo de glaciares. “É surpreendente porque este fenómeno nunca tinha sido observado pelos dados de satélite”.


A Gronelândia, uma região autónoma da Dinamarca, é a maior ilha da Terra (a Austrália é um continente), tem 2,1 milhões de quilómetros quadrados, cerca de um quarto da área do Brasil. Destes, 1,7 milhões de quilómetros quadrados estão cobertos de gelo que se acumulou ao longo de centenas de milhares de anos.

É um enorme glaciar que, no seu pico, atinge os três quilómetros de espessura e tem um volume de 2,85 milhões de quilómetros cúbicos. Se toda esta água congelada da ilha derretesse e se diluísse nos oceanos, o nível médio do mar subiria 7,2 metros, inundando cidades costeiras um pouco por todo o mundo.

Todos os anos, durante o Verão, as temperaturas sobem o suficiente para parte da superfície desta calote de gelo se derreter. Mas numa vastíssima área o ar não aquece o suficiente para que haja fusão das neves e dos gelos. Muito do gelo que se funde nunca alcança o mar e acaba por voltar a congelar quando as temperaturas baixam.

A área de derretimento de 40%, registada a 8 de Julho, já era considerada um pico para o Verão. Este derretimento específico está associado a uma massa de ar quente que se instalou por cima da ilha a 8 de Julho e que se afastou a 16 de Julho.

Ano após ano, a Gronelândia perde mais gelo que se funde durante a estação quente do que ganha gelo durante o Inverno. Mas é preciso esperar pelo fim do ano para perceber que quantidade de gelo é que perdeu e que impacto é que este episódio vai ter.

Registos dos glaciares analisados através de perfurações já tinham mostrado que este episódio não foi único e que aconteceu também em 1889, tendo uma periodicidade de 150 anos. Por isso, os cientistas questionam-se se o que ocorreu neste Julho foi o ciclo a cumprir-se ou é mais uma consequência das alterações climáticas. “A minha opinião é que é um acumular de fenómenos ligados ao aquecimento global”, defendeu Gonçalo Vieira.

Este episódio de derretimento extremo é mais um dos vários fenómenos que os cientistas tem olhado com preocupação, como a diminuição do gelo do Árctico, que nos últimos anos tem atingido uma área mínima na altura de Setembro, batendo um recorde em 2007.
Um estudo que saiu agora considera que pelo menos 70% desta diminuição é causada pelas alterações climáticas produzidas pelo Homem. A investigação produzida por cientistas do Centro Nacional de Ciências Atmosféricas da Universidade de Reading, no Reino Unido e foi publicada na revista Environmental Research Letters.“Desde a década de 1970 que existe um decréscimo de 40% na extensão de gelo [polar] no Verão”, disse Jonny Day, autor do artigo. “Tentámos determinar quanto desta diminuição era culpa da variabilidade natural.”

Para isso, os investigadores foram analisar os modelos que interpretam a variabilidade climática no árctico causado por uma oscilação climática que existe no Atlântico Norte e comparar com os registos meteorológicos desde 1979. “Só conseguimos atribuir no máximo 30% à [oscilação]”, disse o cientista. “O que implica que o resto é causado por outra coisa diferente, e o mais provável é ser as mudanças globais feitas pelo Homem.”

A Gronelândia é a segunda maior reserva de água que com o potencial de fazer subir o nível médio do mar. A primeira fica no lado oposto do globo, é a extensa camada de gelo que cobre a Antárctica.

A região Oeste do continente tem sido o centro das atenções dos cientistas por causa do derretimento rápido que se testemunha. Alguns glaciares estão a perder um metro de gelo por ano. Um estudo que foi publicado agora na Nature mostra que existe nesta região, por baixo do gelo, um vale imenso que em algumas partes chega a ter 1,6 quilómetros e é comparável ao Grand Canyon, nos Estados Unidos.

Segundo a equipa da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, este vale permite que o oceano mais quente entre pelo continente e acelere a fusão da camada de gelo que está por cima. Os cientistas observaram uma distância de 2400 quilómetros com um radar na região remota de Ferrigno Ice Stream.

“Se despíssemos o gelo desta região agora, veríamos uma paisagem tão dramática quanto as enormes falésias e vales que se vêem em África e tão importantes como o Grand canyon”, Robert Bingham, em comunicado. “O que é particularmente importante é que este vale espectacular alinha-se perfeitamente com o registo da diminuição de gelo na superfície e a perda de gelo que se testemunha por satélite nos últimos 20 anos, nesta área”, refere o glaciologista. Os cientistas defendem que este vale e o gelo estão em contacto com o oceano.

David Vaughan, cientista do British Antarctic Survey, em Cambridge, no Reino Unido, que fez parte do estudo relembra que a diminuição do gelo na região Oeste da Antárctica contribui para um décimo do aumento do nível do mar. “É importante compreender este ponto forte de mudança para podermos fazer previsões melhores no futuro”, disse em comunicado.”

Citando o jornal Público



quarta-feira, julho 25, 2012

Gronelândia sem gelo


A capa de gelo e neve que cobre a Gronelândia derreteu este mês numa área particularmente grande da ilha, naquele que é um fenómeno já considerado pelos cientistas como “extraordinário”. A área sem gelo da ilha saltou de 40% para 97% em apenas quatro dias.
Em três décadas de observação por satélite, esta é a primeira vez que este degelo acontece numa área tão grande daquele território autónomo dinamarquês, indica a NASA.

Apesar de cerca de metade da área gelada da Gronelândia normalmente derreter durante os meses de Verão, a velocidade e a escala em que isso ocorreu este ano surpreendeu os cientistas, que já descreveram o fenómeno como “extraordinário”, relata a BBC.

Até ao momento a mais extensa área de degelo observada nas últimas três décadas rondava os 55% da ilha.

Sabe-se, porém, que em 1889 houve um degelo na zona mais alta e gélida da ilha, tal como aconteceu este ano.

A NASA confirmou que a capa de gelo que cobre a Gronelândia, desde as suas bordas mais finas até à grossa camada do centro, com quase três quilómetros de espessura, foram este ano alvo de degelo à superfície.

“Quando vemos degelo em zonas que não tínhamos visto antes, pelo menos durante um longo período de tempo, isso faz-nos questionar o que é que se está a passar”, disse o cientista chefe da NASA, Waleed Abdalati. “É um grande sinal, cujo significado só conseguiremos entender nos próximos anos”, disse, citado pela BBC.

Abdalati esclareceu que ainda não é possível determinar se este é um fenómeno natural, embora raro, ou se este degelo se fica a dever ao aquecimento global provocado pelo Homem.

Esta notícia vem a público apenas alguns dias depois de a NASA ter publicado imagens recolhidas por satélite em que se vê um icebergue com o dobro do tamanho de Manhattan a desprender-se da Gronelândia.

terça-feira, julho 24, 2012

Descoberta arqueológica na Grécia pode por em causa a História da Escrita


Em 1993, o Professor George Hourmouziadis e a sua equipa exumaram a designada “Tablet Dispilio” (também conhecida como Disco Dispilio)  num assentamento do Neolítico existente perto da Dispilio, vila moderna junto do  lago Kastoria. 

A  “Tablet Dispilio” trata-se de uma tábua de madeira, com marcas de escrita que foram datadas por carbono 14 em 5260 a.C. Em Fevereiro de 2004, aquando do anúncio da descoberta do artefacto, Hourmouziadis afirmou que as marcas de texto não podiam ser divulgadas porque, em última análise, seria alterar o contexto histórico actual que explica as origens da escrita.
As impressões da “Tablet Dispilio”, não se confundem com figuras humanas, com o sol ou com a lua, ou com outras figuras e ideogramas usualmente representados nas antigas manifestações de escrita conhecidas no Médio Oriente.  Segundo o professor de Arqueologia  Pré-Histórica da Universidade Aristóteles de Salónica, as marcas sugerem que a actual teoria que propõe que os antigos gregos receberam o seu alfabeto das civilizações do Médio Oriente (babilónios, sumérios e fenícios, etc.) não explica uma lacuna com cerca de 4.000 anos de história. Esta lacuna leva aos seguintes fatos: enquanto que, as antigas civilizações orientais usavam ideogramas para se expressarem por via da escrita, os antigos gregos já utilizavam sílabas de uma maneira similar às que usamos actualmente.
A teoria histórica actualmente aceite em todo o mundo ensina-nos que os antigos gregos aprenderam a escrever por influência dos fenícios, por volta do ano de 800 a.C. No entanto, entre os estudiosos que investigam a questão algumas perguntas pertinentes têm vindo a surgir, tais como, por exemplo, como é possível que a língua grega, que tem cerca de 800.000 palavras, ocupe o primeiro lugar entre todas as línguas conhecidas do mundo, enquanto que o segundo idioma tem apenas 250.000 entradas de palavras? E, sobretudo, como é possível que os poemas homéricos tenham sido escritos por volta de 800 a.C., que é precisamente quando se estabelece a data em que os antigos gregos aprenderam a escrever?
Seria impossível para os antigos gregos escreverem estas obras poéticas sem terem tido uma história da escrita de pelo menos 10.000 anos, defende uma nova pesquisa linguística. Ora, acontece também que a “Tablet Dispilio”, descoberta por George Hourmouziadis, é 2.000 anos mais velha do que os achados escritos da época suméria e 4.000 anos mais velha do que os tipos lineares de escrita descobertos em Creta e em Micenas.

De acordo com declarações feitas por Hourmouziadis em 1994, as impressões da “Tablet Dispilio”, não se confundem com figuras humanas, com o sol ou com a lua, ou com  outras figuras e ideogramas usualmente representados nas antigas manifestações de escrita conhecidas no Médio Oriente.

Na realidade ela apresenta sinais avançados, indicando que são o resultado de uma experiência longa  e complexa de processos cognitivos.

A tábua foi parcialmente danificada quando exposta sem protecção ao ambiente rico em oxigénio, depois de extraída do ambiente húmido (lama e água) em que esteve submersa durante um longo período de tempo, mas promete ser o motivo de acalorada discussão nos próximos tempos, já que se trata de um artefacto arqueológico que poderá pôr em questão a história da escrita que até agora foi ensinada à humanidade. 

segunda-feira, julho 23, 2012

Robot orgânico criado por investigadores



“Movimenta-se e parece-se com uma medusa (ou uma alforreca, se preferirem) mas é artificial. É apenas uma imitação feita com recurso a silicone que, por sua vez, serviu de base para ali fazer crescer células musculares cardíacas de ratos. É um “mini-robô” orgânico e chama-se Medusoide que vem noticiado na mais recente edição da Nature Biotechnology. Para que serve? Para ajudar a saber mais sobre engenharia de tecidos e, especialmente, sobre o coração e outros músculos humanos.”
“A simples técnica de natação das medusas que consiste em usar um músculo para sucessivos impulsos na água – semelhante às batidas de um coração – terá sido o ponto de partida para que os investigadores classificassem este animal como um bom modelo de estudo no campo da engenharia de tecidos. Como muita coisa no mundo da ciência, este início fez-se de forma quase acidental quando um dos cientistas envolvidos no projecto estava a apreciar animais marinhos num grande aquário. “Comecei a pesquisar organismos marinhos e quando vi a medusa no New England Aquarium apercebi-me imediatamente das semelhanças e diferenças entre a forma como este animal move-se e o coração humano”, conta Kevin Kit Parker, professor de Bio-engenharia e Física Aplicada em Harvard. E assim foi criado um coração “bio-inspirado”.

Após alguns anos a investigar os mecanismos de propulsão usados pela medusa, analisando a forma como contrai e expande o seu corpo e como se serve da dinâmica da água para nadar, começou o projecto de criação da versão artificial. A forma foi conseguida com o recurso a uma fina membrana de silicone, desenhando-se aqui oito apêndices semelhantes aos seus “braços”. Depois recorreram a células do músculo cardíacos de ratos que foram colocadas e cultivadas no topo do animal e que cresceram de acordo com um padrão de proteínas previamente impresso no seu corpo (imitando a arquitectura muscular da medusa) e que permitiu que estas células se tornassem um músculo coerente para nadar.

Submersa num fluido capaz de conduzir electricidade, a Medusoide foi então submetida a choques eléctricos para promover as contracções próprias da sua forma de se movimentar na água. A imitação do desempenho biológico natural estava completa e resultou. Aliás, os investigadores referem que o robô começou a contrair-se ligeiramente mesmo antes da estimulação eléctrica. Agora, dizem, o futuro passa por aperfeiçoar a criação talvez ao ponto de fazer com que a Medusoide se movimente de forma autónoma. Por outro lado, a receita usada para a medusa artificial poderá ser melhorada ao ponto de possibilitar a criação de um estimulador cardíaco feito inteiramente com matéria-prima biológica.”

domingo, julho 22, 2012

Berlim com credores à perna


Você sabia que Berlim também tem inúmeros credores à perna?
Imagine que tem uma dívida desde 1562...
Que grande calote.

Aí você duvida então queira conferir:
"A pequena povoação de Mittenwalde, no leste da Alemanha, arrisca tornar-se uma das mais ricas do mundo, se Berlim cumprir o contrato que assinou há... 450 anos.
Encontrou-se um certificado da dívida, datado de 28 de maio de 1562, num arquivo regional que atesta, de acordo com a Reuters, o empréstimo que Mittenwalde concedeu a Berlim de 400 florins a serem pagos com juros de 6% ao ano. 
De acordo com a Rádio Berlin Brandenburg, a dívida ascenderia hoje a 11.200 floris, o equivalente a 112 milhões de euros, aos quais se acresceriam ajustes em  juros e inflação, resultando em triliões de euros.     
A historiadora Vera Schmidt encontrou a nota da dívida com mais de cinco  séculos onde tinha sido arquivado em 1963 e disse à Reuters que, apesar de o selo do documento ter desaparecido, ele é "certamente válido".


"Em 1893 teve lugar um debate no qual o documento foi examinado e em que a análise determinou a sua autenticidade", disse Schmidt, que, juntamente com o presidente da câmara de Mittenwalde, Uwe Pfeiffer, tem tentado cobrar a dívida à capital alemã. Na verdade, tentativas semelhantes têm sido levadas a cabo de 50 em 50 anos, desde 1820, sem nenhum resultado.
Schmidt e Pfeiffer reuniram-se em Berlim com o senador responsável pelas finanças, Ulrich Nussbaum, que lhes entregou um florim genuíno datado de 1539, actualmente exposto no museu da vila.
O responsável das finanças berlinense declarou a este propósito ao diário "Berliner Zeitung": "Este caso prova que as pessoas são sempre apanhadas pelas suas dívidas por mais antigas que elas sejam". Mas quanto ao pagamento, aquele jornal citava um relatório da administração financeira de Berlim, datado de Junho de 2012, que dá a cidade como já tendo ultrapassado a linha vermelha das dívidas em 63 milhões de euros." 

Isto para não falarmos da dívida da Alemanha à Grécia, que remonta à II Grande Guerra Mundial.

sábado, julho 21, 2012

¡No Pasarán!

 
Trago-vos as imagens que não vimos na televisão, as imagens são de vários repórteres de várias agências noticiosas. 

 
Não sei porque carga de água, não temos acesso, ao que se está a passar aqui bem ao lado, em Espanha, onde há milhares de pessoas na rua em protesto contra o FMI, o BCE e o recente governo de direita saído das eleições.

 
Será isto liberdade?
Onde está a Democracia?
Onde está o direito à informação?

 
Depois da Grécia, de Portugal, o FMI chegou a Espanha, só que o povo não se cala e os protestos desceram à rua em oitenta cidades espanholas.

 
Será que todos nós, não só portugueses, espanhóis, gregos, italianos, irlandeses, …, em suma, todos nós europeus, temos que pagar os desvarios duma classe política que nos conduziu, a este beco sem saída?

 
Agora não tenhamos dúvidas que tudo isto foi montado, encenado com requinte há muito tempo, será que a austeridade tudo justifica?

 
Não será a austeridade, a coveira da Europa?

 
Será que tudo, se justifica em nome dos mercados?

 
Afinal quem são os mercados?

 
Para onde foi o dinheiro? (Para as offshores)

 
E porque não se fecham os offshores?

 
Eis, uma boa questão.


Se calhar não interessa aos poderosos, que manobram tudo e todos, nos bastidores planeando pôr de pé, uma Nova Ordem Mundial.
Voltando a Espanha, será que os Espanhóis se vão calar?
Calculo que já sabem a resposta.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...